'Acordei com tiros': Única sobrevivente relata momentos antes da chacina que matou mulher e filhos em Joinville
25/09/2025
(Foto: Reprodução) Chacina: Libanês mata mulher, dois enteados e atira na sogra em Joinville
A única sobrevivente da chacina que resultou na morte da filha, de 40 anos, e dos dois netos em Joinville (SC), prestou depoimento à Polícia Civil e relatou o que aconteceu antes e durante o crime. Após atirar com uma pistola nas vítimas, o libanês Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos, cometeu suicídio.
Segundo o delegado Dirceu Silveira, Rita de Cassia Pereira Araujo Silva, de 65 anos, foi ouvida nesta quarta-feira (24), ainda no Hospital São José, onde permanece internada.
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Quem eram mãe e filhos mortos dentro de casa por libanês
Ela contou que, na madrugada do dia do crime, acordou ao ouvir o barulho de tiros. Ao sair para o corredor, encontrou a filha Ingrid caída no chão, já sem vida. Ao ver a sogra, Ramzi teria atirado diversas vezes contra ela. Mesmo baleada, Rita conseguiu pedir socorro, conforme relatou em depoimento.
Rita também afirmou à polícia que Ramzi era controlador e que não havia um bom relacionamento entre ele, a sogra e os filhos de Ingrid, que eram seus enteados.
Apesar da convivência difícil, não houve qualquer conflito, briga ou discussão entre o casal e a família na noite anterior à chacina. Por esse motivo, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido premeditado.
A Polícia Civil aguarda os laudos periciais e de balística das vítimas e autor do crime, para identificar se ele estava sob efeito de álcool ou drogas. Além disso, novos depoimentos de outros familiares de Rita devem ser colhidos nos próximos dias.
Rita de Cássia Pereira Araújo Silva, de 65 anos, é a única sobrevivente da chacina que matou mulher e filhos em SC
Redes sociais/ Reprodução
O QUE SE SABE sobre libanês que matou mulher e enteados
A chacina
O triplo homicídio aconteceu na casa da família, no bairro Saguaçu, por volta das 3h. As vítimas foram identificadas como:
Ingrid Lolly Araújo Silva Berilo, de 40 anos: mãe dos menores e companheira de Ramzi;
Davi Silva Pires, de 15 anos;
Letícia Santana Silva, de 11 anos.
O caso foi descoberto após o irmão do suspeito acionar a Polícia Militar e relatar que encontrou o homem no chão e com uma pistola calibre.380 na mão. Vizinhos disseram aos investigadores que ouviram mais de 20 disparos de arma de fogo e diversos gritos vindos da residência.
Ainda, conforme o relato do familiar, o casal enfrentava problemas conjugais e financeiros. A suspeita, segundo a polícia, é que o crime esteja relacionado com o histórico violento do homem.
A investigação aponta que Ramzi teria atirado primeiro contra a companheira, Ingrid. Em seguida, matou a enteada de 11 anos, que estava em outro cômodo, e depois o adolescente. A sogra foi baleada logo depois. Por fim, o homem tirou a própria vida.
Ramzi morava em Joinville há pelo menos 25 anos e vivia com Ingrid há cerca de um ano. Ele tem dois filhos de um relacionamento anterior e uma filha que vive fora do Brasil e possuía antecedentes criminais registrados em 2022 e 2023 e chegou a cumprir medidas cautelares.
Infográfico - chacina em Joinville (SC)
Arte/g1
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